Às vezes não temos coragem de dar o passo, de tomar a iniciativa da mudança. Como o primeiro pulo de paraquedas. Você dentro do avião excitada pela aventura, mas quando chega a hora de pular, falta a coragem daquele passo, aquele que te faz sair do avião e ir de encontro ao espaço, sem rede de proteção, sem onde se segurar. São segundos de pânico, quase um desespero. Medo que consome cada célula do corpo, tira literalmente seu ar. Depois é só sentir o corpo flutuar na imensidão, perceber a adrenalina tomando conta de você, nesse momento o medo some. É nesse instante que você percebe como, mesmo e apesar dos medos, a mudança é uma ótima ideia. Ela te faz se sentir viva, seus instintos adormecidos acordam e é como se você despertasse de um estado letárgico. Manter-se em uma situação de conforto é bom, mas se você fica muito tempo dentro dela, acaba vivendo como se estivesse anestesiada. Não há mais emoções que já não conheça, não há surpresas e nem aquela ansiedade gostosa do inusitado. Temos que fazer nossa coragem ser mais forte que o medo e acreditarmos que estamos em constante mutação e não podemos para de evoluir.
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