Estamos vivendo num mundo onde as pessoas só tem status de ser humano se se enquadrarem em certos conceitos: ser branco, ser de religião cristã, católica ou protestante, ser hétero. Se for mulher, deve ser daquelas que seguem os critérios de 30 anos atrás, ou seja, obediente ao pai e depois ao marido, ser mãe devota e dedicada à casa e à família. E nunca, jamais, em hipótese alguma, cobrar a colaboração do marido nos afazeres domésticos e na criação dos filhos. Estamos vivendo na era das boiadas, somos gados marcados e dominados por uma minoria que se autodeclara com poder suficiente para determinar o que todos devem comer, vestir, amar, pensar, sentir e falar. Nunca devemos expressar opinião contrária à deles, devemos engolir nossa indignação com o conceito errado de que a democracia é pra maioria, a minoria que se vire para se encaixar no que eles ditam como correto.
Raças não brancas, pessoas de outras vertentes religiosas, ateus, pessoas que não se reconhecem no gênero que nasceram, homens e mulheres que brigam por um lugar ao sol e que não aceitam as migalhas dadas, são vistos hoje como malucos cheios de mimimi. Vamos deixar claro que pessoas que amam e se relacionam com outras do mesmo sexo e as que não se encontram quando se olham no espelho, não fazem isso por uma questão de teimosia ou rebeldia, e sim por de fato sentirem dentro da alma. É um problema mais sério e complexo. Ainda bem que há uma grande quantidade de homens feministas que entendem de verdade o que significa esse movimento, que de forma bem básica e simplista, prega a equidade entre TODOS sem nenhum tipo de distinção. Somos todos uns desviados da moral e dos bons costumes aos olhos das pessoas que se sentem superiores e que, por motivos que não consigo absorver, seduzem e fazem uma parcela muito grande do mundo, seguirem seus torpes conceitos.
Me questiono por que tantos se deixam levar por isso, esqueceram o que é respeito e amor ao próximo? São tão inseguros que só confiam no que os outros, esses outros me refiro à minoria que consegue se colocar num patamar de senhores poderosos do destino da humanidade, dizem pra fazer e pensar? Ou é pura preguiça de refletir, de errar muitas vezes até acertar? Ou será total falta de humildade para reconhecer seus pensamentos sem sentido e mudá-los se acharem melhor? Ou é simplesmente medo do que é diferente de si? Querem ser diferentes, VIPS, mas como, se seguem feito bois o som do berrante do boiadeiro??